CYPERACEAE

Rhynchospora biflora Boeckeler

LC

EOO:

751.989,965 Km2

AOO:

124,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre na Venezuela e Brasil, nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Koyama, 1972).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Rhynchospora biflora</i> apresenta distribuição ampla ao longo de boa parte da costa Atlântica, abrangendo parte das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Está representada em algumas unidades de conservação (SNUC) de proteção integral.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Vegetação campestre e florestal em áreas de altitude elevada (Koyama, 1972).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Erva perene, que habita campos de altitude e florestas montanas do Sul ao Nordeste do Brasil. Fértil durante o ano todo e polinizada pelo vento.

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A cobertura vegetal do Estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no Estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do Estado (Simonelli ; Fraga, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofrem com as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. A sensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem em curso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espécies exóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competem diretamente por recursos com a flora nativa; intensos e frequentes incêndios incidem sobre os Campos de Altitude; atividades extrativistas impactam diretamente populações de plantas endêmicas e raras; a mineração de granito-gnaisse e arenito alteram irremediavelmente o substrato; a crescente expansão urbana para áreas de encosta suprime ainda mais esses ambientes e o desenvolvimento de técnicas agrícolas modernas tem permitido o desenvolvimento do que é chamado "agricultura de altitude" (p. ex. o cultivo de café no Estado do Espirito Santo, que tem atingido cotas de até 1200 m); instalação de torres de transmissão de energia e telecomunicações, destruindo extensas faixas de áreas montanhosas naturais; e aliada a isso, a flora dessas regiões apresenta uma alta vulnerabilidade às mudanças climáticas em curso (Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias (Aximoff; Rodrigues, 2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600ha), 2004 (600ha) e 2007 (800ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff; Rodrigues, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Estação Ecológica Juréia-Itatins, SP tem como maior ameaça as pressões antrópicas. Um longo histórico de conflitos sociais por terras marca essa região. A região tem um histórico de abrigar populações tradicionais de existência secular na região. Dentre essas populações incluem as comunidades de caiçaras e caboclos que conseguem seu sustento por meio da agricultura de subsistência, pesca e extração de recursos naturais como o palmito e caixeta. Além dessas ocupações várias famílias de migrantes são encontradas em quase toda a extensão de seus limites, os quais se sustentam mais intensamente da prática agrícola e extrativismo. Estes estão concentrados na região noroeste da estação, onde também são encontradas grandes áreas de bananais. A beleza cênica do local (belas cachoeiras, praias de excelente balneabilidade e vegetação nativa) esta ameaçado pela crescente pressão de turismo, causando fragmentação nas áreas de acesso e consequente efeito de borda (SMA-SP, 2004)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Citada na categoria Rara na Lista Vermelha da flora ameaçada de extinção do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no P. E. do Cerrado de Jaguariaíva - PR; PARNA Itatiaia, Itatiaia - RJ; P. E. Serra do Brigadeiro, Araponga - MG; E. E. Juréia-Itains, Peruíbe - SP; E. B. do Alto da Serra de Paranapiacaba, Santo André - SP; P. E. Forno Grande, Castelo - ES.